Biografia extraída da "
Infopédia":
"Cantor, músico e compositor português de música ligeira, Manuel Paulo de Carvalho Costa nasceu a 15 de maio de 1947, na cidade de Lisboa. Apesar de jogar futebol desde os 13 anos no Sport Lisboa e Benfica, preferiu seguir a carreira de músico, tornando-se um dos melhores intérpretes de música ligeira portuguesa. Com apenas 15 anos fundou o grupo de pop-music Sheiks, do qual foi baterista. Aos 21 anos, juntou-se ao grupo Thilo's Combo, ainda como baterista.
Cumpriu o serviço militar em 1968 e, em 1969, fundou um novo grupo musical com o nome Fluido, um projeto músico-cultural com a colaboração de Vasco Noronha e Dórdio Guimarães.
Em 1971, foi-lhe atribuído o Prémio da Casa da Imprensa para o melhor intérprete português e, em 1972, representou Portugal, conjuntamente com José Afonso, no Festival Internacional do Rio de Janeiro, com a canção "Maria Vida Fria".
O seu currículo conta com várias participações no Festival RTP da Canção. Participou pela primeira vez em 1970, a convite de Pedro Osório, com a canção "Corre Nina" e, no ano seguinte, concorreu com a canção "Flor Sem Tempo", cujo compositor foi José Calvário. Em 1974, conquistou o primeiro lugar neste festival com "E Depois do Adeus", canção de José Calvário e José Niza. Participou em 1977 com o grupo "Os Amigos", que interpretaram a canção "Portugal no Coração" e, em 1980, participa como autor-compositor de uma das suas canções, convidando Lena D'Água para a interpretar. Surgiu novamente em 1984 neste festival com o Quinteto de Paulo de Carvalho, interpretando o tema "Já Pode Ser Tarde".
No ano em que conquistou o primeiro lugar no Festival RTP da Canção, foi convidado por Francisco Sá Carneiro para compor o hino do Partido Popular Democrático (hoje, Partido Social Democrata), tendo oferecido os direitos de autor ao próprio partido.
Iniciou a sua produção discográfica em 1973, em Madrid, com o álbum Eu, Paulo de Carvalho, a que se seguiram: os álbuns Não de Costas Mas de Frente e M.P.C.C. (1975 e 1976 respetivamente), com a colaboração de Júlio Pereira; Volume I (1978), onde interpretou canções de grande sucesso, como "Nini dos Meus Quinze Anos" e "Gostava de Vos Ver Aqui"; participou no álbum para crianças Os Operários do Natal (1978), no qual participaram também nomes como Ary dos Santos, Joaquim Pessoa, Fernando Tordo e Carlos Mendes; o álbum Até Me Dava Jeito (1980); o álbum Abracadabra (1981); Cabracega (1982), álbum que fez surgir um novo grupo, o Quinteto de Paulo de Carvalho; o álbum Desculpem Qualquer Coisinha (1985), que inclui um dos seus grandes êxitos, a canção "Os Meninos do Huambo".
A voz de "E depois do Adeus", senha na rádio da revolução dos cravos, tem uma carreira contínua e consistente. Essa mesma voz que, como Aristides Duarte bem lembra sempre é conhecida por... exactamente "a voz".
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Tem dois discos presentes no museu.