Sobre o Museu
Hoje parece natural o sucesso de bandas e músicos de rock / música moderna que cantam em português, como Pedro Abrunhosa, Ornatos Violeta, Clã, Da Weasel ou Linda Martini. Porém, nos fins de 1970, fazer rock em Portugal era algo complexo e, cantá-lo na língua mãe, quase um suicídio. Até que apareceu um "Chico Fininho" e, atrás deste sucesso, o chamado 'Boom' do Rock Português.
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BANDAS E ARTISTAS232
DISCOS DO BOOM428
DISCOS 1974-1985
Se quiser contactar o museu:
O período do boom dá-se sobretudo entre 1980 e 1982. Mas por uma questão de compreensão e percepção do fenómeno, foram considerados os anos próximos, quer anteriores (1974-1979), quer posteriores (1983-1985).
Este projecto, enquanto museu online, esteve activo inicialmente entre 2009 e 2011. Entretanto, por motivos diversos, deixou de ser possível continuar, regressando agora mais de uma década depois.
A consolidação de plataformas como o Discogs e o Youtube nestes últimos anos, possibilitou uma maior recolha de informação e compreensão ainda mais alargada do período abordado.
Mas, apesar dessa mais-valia actual, esta viagem aos primeiros anos da década de 80 do século XX – quando de modo esmagador se ouvia música portuguesa nas rádios, com especial incidência para o rock – começou através dos discos de vinil que tenho (e por essa razão, lhe chamei inicialmente "o meu museu"). Daí a distinção entre o disco que se observou in loco ou apenas por conhecimento da sua existência que se encontra devidamente identificada em cada ficha.
Tem envolvido, desta forma, um necessário trabalho de pesquisa e análise tendo não só em conta os meus discos mas também a informação disponível em bibliografia especializada e na web. Mas também em contacto com quem escreve e é apaixonado por música portuguesa, bem como quem a fez e faz: nos 30 anos sobre o boom, em 2010, foram feitas várias entrevistas a músicos de então que agora se replicam [ver AQUI]. Alguns há que, infelizmente, já não estão entre nós – como é o caso do Tó Neto ou o Luís Pedro Fonseca.
Recuperam-se, de igual forma, alguns artigos feitos na fase inicial do museu.
Abrir-se-á, assim espero, também espaço à música de hoje, mostrando que tudo tem a tendência para ser intemporal, mesmo quando datado ou comprometido com uma época.
Por fim, reforço algumas notas importantes:
- Este projecto surge apenas por gosto pessoal, sem qualquer ligação a bandas, editoras ou qualquer outro tipo de entidade.
- O site procura ainda ser rigoroso com os elementos que publica, mas qualquer erro ou omissão agradece-se desde já a pronta colaboração e correção. No entanto, uma nota: as fichas de discos e artistas abertas vão sendo alimentadas com dados em falta estando, desta forma, umas mais completas que outras. Sendo certo que nunca nada está acabado e perfeito. E ainda bem.
- Não tem qualquer fim lucrativo e não promove a pirataria.
- Por fim, o Museu do Boom do Rock Português pretende, sobretudo, ser uma homenagem aos cantores e músicos, aos criadores e promotores que acreditaram – e ainda bem – no rock português. Pesem embora todos os defeitos, lacunas e essa necessidade de perceber onde estava o joio e o trigo (qual a época em que tal não acontece?), há toda uma geração que cresceu a ouvir música moderna portuguesa tocar nas rádios com mais regularidade, a partir de então. A todos eles o meu OBRIGADO.
Espero que gostem.
António Luís Cardoso, 2023


