Os próprios músicos sentem essa pressão e, após o 2º LP e os single e maxi "Paixão" (disco que leva a publicação inglesa "Face" a considerá-los, na altura, a melhor banda da Europa), avançam para outros aparatos visuais, igualmente excêntricos, mas mais urbanos, como é exemplo a capa de "O Rapto", disco com alguma rodagem nas rádios.
Seguem-se outro single e maxi ("Alegria"), antes de "Macau", LP que volta a ser outro disco muito experimental.
O canto do cisne dá-se com "IV" (assim conhecido, embora o álbum não tenha nome, o qual já não contou com António José Almeida), que, uma vez mais, sucede a outros single e maxi ("O inventor"). Um dos motivos mais óbvios passa pelo novo projecto de Pedro Ayres Magalhães, os Madredeus, então em pleno início e força.
É curioso verificar a citada sequência de criação/edição dos Heróis do Mar, sucedendo sempre a um LP um novo tema editado apenas em 45 rotações (single e maxi-single).
Em vida activa da banda, legam seis 33 rotações (quatro álbuns e um mini-álbum de originais, a que se junta uma colectânea), e quatorze 45 rotações (8 singles e 6 maxi-singles). Em menos de uma década, foi, seguramente, um muito bom registo no panorama nacional.
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Nota sobre a discografia dos Heróis do Mar: em 1986, sob o 'patrocínio' dos Heróis do Mar, sai um maxi-single com remixes de temas da banda, de Adriano Remix, intitulado "Mad Mix. Alegria, Amor, Paixão". A capa é de Jorge Colombo (que nesse mesmo ano já assinara a capa da colectânea "A lenda dos Heróis do Mar. 1980-1985").